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Uma equipe internacional de pesquisadores, liderada pelo Instituto Genômico Pessoal e BGI da Coréia do Sul, finalmente revelou o primeiro genoma completo de um Tigre Siberiano (Panthera tigris altaica), macho, com 9 anos de idade. A sequência genética foi comparada com a de outras espécies, incluindo o Tigre-de-Bengala branco, o leão-africano e o leopardo-das-neves, para um maior entendimento do parentesco entre as criaturas.
Estes dados serão de um valor incrível, já que permitirão estudos muito mais precisos e importantes no futuro, especialmente em questão da conservação de toda a família dos grandes felinos.
Apesar da reputação de grande ferocidade, os grandes felinos correm muito mais perigo do que se imagina — especialmente quando falamos do tigre, a maior espécie felina de toda a Terra, que se tornou uma mais ameaçadas de extinção. Até então, a compreensão da diversidade genética e demográfica era muito limitada. Não só do tigre em si, mas de todas as espécies de Panthera.
O genoma do tigre-siberiano, também chamado de tigre-Amur, contém 20.226 genes codificadores de proteínas e 2.935 RNAs não-codificadores. Ele também é enriquecido na sensibilidade do receptor olfativo, no transporte de aminoácidos, e genes metabólicos, entre outros. Além disso, a sequência mostrou uma similaridade genética maior que 95% da espécie de tigre com o gato doméstico.
A comparação com as outras sequências, que incluíam o tigre-de-bengala, leão-africano, leão-africano-branco, e leopardo-das-neves, foram alinhadas com as do gato doméstico e do Amur. Com isso, descobriu-se mudanças em aminoácidos específicas da linhagem Panthera e dos felinos que podem afetar o metabolismo. Estas mudanças são associadas com uma dieta obrigatoriamente carnívora.
Também foi revelado que os genes relacionados com a força muscular, o metabolismo da energia e os nervos sensoriais (atividade do receptor olfativo e percepção visual), estão em rápida evolução dentro do tigre.
Como se não bastasse, a diversidade genética dos tigres e leões parece ser similar àquela dos humanos.
Todos estes dados parecem vagos, mas com eles, os pesquisadores e preservadores podem adequar melhor os ambientes naturais em que os grandes felinos são soltos do cativeiro, e também como estimular a reprodução entre espécimes selvagens e aqueles criados em cativeiro.
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Por Alexandre Ottoni & Deive Pazos
fonte animal planet
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