Espécie invasora não se prolifera em ambiente onde há camarões nativos.
'Resistência biótica' evita prejuízos na cultura do camarão.
Na imagem é possível ver uma disputa entre um camarão de origem europeia e um crustáceo de origem americana, considerado invasor (Foto: Divulgação/Prof Jaimie Dick)
Pesquisadores da Universidade Queen, em Belfast, descobriram uma “arma natural” para combater uma espécie invasora de camarão, proveniente dos Estados Unidos, que invadiu rios e lagos da Europa.
De acordo com um estudo divulgado nesta semana no periódico científico “NeoBiota”, os camarões nativos da Europa matam a espécie intrusa, considerada mais fraca, e evitam a proliferação dos animais exóticos.
Esse método foi denominado pelos cientistas como “resistência biótica”, ou seja, uma resposta da própria natureza para a entrada de espécies exóticas.
Eles obtiveram o resultado a partir de observações feitas no continente. Eles verificaram que o crustáceo Crangonyx pseudogracilis, o intruso, só conseguia se desenvolver em ambientes onde não havia presença de camarões nativos, como o Gammarus pulex e o Gammarus dueben.
Segundo a investigação científica, o combate natural ajuda a evitar novas invasões e danos às culturas do camarão na Europa, que poderiam causar perdas para a biodiversidade e prejuízos bilionários para a economia.
Os autores devem realizar outros trabalhos na Irlanda, Inglaterra, Canadá e África do Sul para entender como as espécies nativas e invasoras interagem e, com isso, obter um resultado para combater a proliferação de espécies não nativas.
fonte g1.com
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